Um caminho difícil para o Inforpaulense
Depois
de um curto período de férias o Inforpaulense está de regresso. Não queremos recorrentemente lamentar-nos
quanto às dificuldades que vamos enfrentando para manter esta publicação ativa.
Mas são muitas e não sabemos se um dia serão mais fortes do que a nossa
vontade. Parecia tão fácil obter a solidariedade dos leitores e a sua
contribuição para este projeto e tem sido tão difícil. Porquê? Não sabemos.
O
que sabemos, é que no final deste ano iremos repensar a forma de manter
sustentável economicamente esta publicação, já que, pelo lado das assinaturas
pagas não vamos conseguir este desígnio. Curiosamente em 2016, tínhamos 29
pagas, em 2017 estivemos inativos e este ano só ainda 14 pagaram os dez euros
anuais que reportam de 1 de janeiro a 31 de dezembro/18, excetuando quem tenha
feito a sua assinatura no ultimo trimestre do ano que passará a ter a sua assinatura paga para o ano seguinte,
sendo que, a mesma regra se aplica aos patrocinadores.
Objetivamente
a comunicação social debate-se hoje com a concorrência das redes sociais, estas
em poucos segundos dão conta dos acontecimentos que atravessam o quotidiano mundial,
mas quase sempre, ficam pela superficialidade, não aprofundam o essencial e por
vezes, deturpam a realidade dos factos.
A
Comunicação Viral está a estrangular a Comunicação Social, mesmo que esta se vire
para o digital. Esta será porventura umas das causas da situação que vive o
Inforpaulense.
Já
o jornalista José Couto Nogueira, em artigo de opinião no Sapo 24 referia, “uma
causa já definida para esta mudança, se não a causa principal, é o modo como
nos informamos. A Comunicação Social “tradicional”, aquela que sempre
conhecemos (mesmo os mais velhos), tem sido gradualmente substituída por uma
Comunicação Viral (CV), com notícias cuja origem e veracidade é muito difícil
de avaliar. Estamos a falar das redes sociais, evidentemente”,
Ainda
assim, o Inforpaulense continua a acreditar que pode e deve ter um papel
importante na disseminação das noticias no plano local, dar-lhe um rosto, ir ao
cerne das questões, mostrar um lado mais profundo e humanista e não casuística
dos factos. Tem sido este o nosso grande desiderato. E assim, enquanto pudermos vamos continuar.
A
maior parte da informação – e desinformação – é produzida individualmente e
chega diretamente ao recetor através das redes sociais, contudo, defendemos
que, a informação de qualidade, isto é, de fonte confirmada e validada, não vai
desaparecer. A opinião assinada, pertinente ou impertinente, continuará a ter a
sua influência, pelo menos, tem sido esta a bandeira do jornal digital do Paul
– Inforpaulense.