Paul Alive consolida estatuto de festival de verão
A noite foi de grande excitação
musical e de grandes momentos para recordar, sendo que, objetivamente, se
pretendia diversificar-se a animação noturna nesta época de férias e de noites
quentes o Paul Alive 18, alcançou este desígnio.
Há
uns anos, mais concretamente seis, um punhado de jovens no recinto da Escola
Básica nº 2 do Paul, lançava o embrião do festival de verão, Paul Alive.
Decorria
então o ano de 2013, quando um grupo de jovens universitários da vila promoveu,
com o objetivo dinamizar a freguesia e apelar ao sentido jovem da população uma
festa diferente onde prometeram boa música e muita animação.
Paul
Alive nasceu da vontade destes jovens e da falta de oferta para animar as
noites de verão na vila do Paul. Das palavras à ação foi rápido e as conversas
de cinco amigos (quatro do Paul e um da Covilhã) materializaram a ideia de
fazer-se uma festa do pôr ao nascer do sol que fosse uma pedrada no charco e
agitasse os jovens, possuídos por uma letargia contagiante que não contribui para
aumentar as alternativas diversão/animação existentes, sendo que,
objetivamente, pretendia-se diversificar a animação noturna nesta época de
férias e de noites quentes, potenciando uma noite para não esquecer ao ar livre
com a encosta da Serra da Estrela no horizonte visual.
Desde
dessa altura até aos dias de hoje alguns jovens mantém-se na organização deste
Paul Alive, que agora é da responsabilidade da Associação Paul Mais Jovem
(AP+J).
Na
verdade, uma nova equipa de dirigentes desta associação tinha sido eleita
recentemente e a expectativa era grande. Ia ou não passar com distinção, este “teste”
de por de pé este acontecimento na vila? O teste foi superado com distinção. O
Paul Alive 2018, subiu exponencialmente a fasquia da qualidade, consolidando em
absoluto o estatuto do festival de verão alternativo da vila do Paul.
Mas
a organização pensou e caprichou na montagem do evento. Primeiro, pensou e bem,
em reorientar a trajetória quanto ao público-alvo, preparando um festival mais
heterogéneo quanto às faixas etárias, convidando para isso o DJ Bay e a Banda
Volta e Meia, que foi ao encontro da geração dos pais e dos jovens, que por sua
vez tiveram o seu momento com o DJ Shaka Lion, que na sua performance mostrou
porque era um dos cabeças de cartaz do festival e depois para o fim da noite
com os primeiros raios do dia já instalados o DJ Tunes fechou as festividades.
Organização de
bom nível
Quanto
ao capricho ele revelou-se nos pormenores: organização estruturada, arrumada e
toda vestida com polos personalizados com o logo da AP+J, e que preparou o
recinto ao detalhe, com particular destaque para um palco com uma estrutura de
grande aparato e onde sobressaia o ecrã central, com efeitos visuais e o logo
do Paul Alive 18.
A
noite estava quente e mais ficou o DJ
Bay começou com os temas mais clássicos e que foram ícones dos anos 80 e 90 preparando o público para duas de horas de várias voltas aos temas
clássicos e contemporâneos que a Banda Volta e Meia interpretou com empenho e emotividade conseguindo agradar a miúdos e graúdos, sendo
que, duas jovens “voluntárias” com boa
amplitude vocal subiram ao palco e cada
uma interpretou um tema com esta banda,
mantendo o nível qualitativo.
Para
a malta mais jovem, a batida mais tecno começou depois das três e meia com Shaka
Lion a puxar pela plateia que nesta altura já estava ao rubro e para os mais resistentes
assim ficou até que o DJ Tunes encerrou a sua performance.
Duas
atuações distintas emergiram durante a noite porque foram fez a diferença.
Estavam prometidas. Cumpriram.
Os
Volta e Meia são oriundos da Guarda. É um projeto composto por seis elementos,
dois dos quais integrantes na já conhecida banda de sucesso a nível local, The
Undercovers. E não, não é apenas mais uma banda... É um projeto completamente
distinto, que incide sobretudo na adaptação de temas dos anos 70, 80, 90, e
atuais. O seu repertório é composto por hits que vão desde o pop funk ao rock, a sua atuação foi inquestionavelmente um dos pontos altos
da noite.
Já
Shaka Lion com atuações em São Paulo, Curitiba, Paris, Londres, Berlin e nos
melhores clubes de Lisboa e Porto, faz do calor musical a sua arma de eleição.
Importando inspiração do mundo inteiro, Shaka Lion transportou uma energia
natural, com influências do funk febril, pan-africanismos e da Afro-América
digital, que permitiu descobrir um ambiente onde o groove e baixo ditaram o
passo. Foi impossível não bater o pé.
O
vocalista da banda Volta e Meia dizia que esta participação no Paul Alive 18
era como voltar a casa, “este festival está muito bem organizado. Temos uma
banda acústica que já veio a atuar ao Paul aquando da festa da caneca e fomos
sempre bem recebidos, atuar nesta vila é assim como estar em casa. Quando
recebeu o convite para vir a este festival de verão a banda ficou muito
contente e depois porque gostamos do que fazemos acho que resultou numa atuação
que agradou a todos, até porque fizemos uma viagem musical pelos clássicos que
são sempre intemporais e conseguem “agarrar” público de todas as idades”,
garantiu Luís Alberto.
Afonso
Pais, estava visivelmente satisfeito, “a noite está boa e as pessoas aderiram,
assim sendo, só podemos estar muito contentes com o resultado deste Paul
Alive18, que é positivo. Esta organização dá muito trabalho, envolve muita
logística, mas quando temos gente a dizer-nos que houve um salto qualitativo
muito grande este ano, quando muitos paulenses se associaram a este Paul Alive,
reforça a nossa vontade de dar continuidade a este festival de verão que já é
uma referência na vila do Paul”, rematou, o presidente da direção da AP+J.
Com
efeito, a noite foi de grande excitação musical e de grandes momentos para
recordar, se pretendia diversificar-se a animação noturna nesta época de férias
e de noites quentes este festival de verão, alcançou este desígnio.