Leonor Cipriano é candidata a deputada à Assembleia da República
Já foi a única mulher, que no
concelho da Covilhã exercia o cargo de presidente de Junta de Freguesia do
Paul, depois nas últimas autárquicas, pareceu em lugar elegível na Lista
“Covilhã̃: um Concelho para todos” do candidato do PSD Joaquim Matias, à Câmara
Municipal da Covilhã.
Já foi empresária de um espaço
noturno paulense, a Discoteca As & Bs, que atravessou várias gerações, mais tarde
abriu também atividade na área da restauração, entretanto concluiu uma licenciatura
em Serviço Social, é formadora, e presentemente, é a Diretora Técnica do Centro
Social dos Vales do Rio, falamos de uma paulense que abraçou novos desafios
políticos, é ela Leonor Adriano Lopes Cipriano.
Sempre com um sorriso no rosto,
quando a desafiamos a responder ao Inforpaulense, mostrou-se logo disponível para
em discurso direto dar-nos conta da sua candidatura a deputada, aparecendo em 3º
lugar na lista da Coligação Portugal À Frente (PSD +CDS), que vai concorrer no
distrito de Castelo Branco às Eleições Legislativas de 4 Outubro/15, liderada
pelo social democrata Manuel Frexes, que na visita ao Paul aquando do Festival
da Truta foi bem claro, “é um orgulho ter a Leonor Cipriano na minha lista,
ela é uma mulher simples, do povo,mas que tem dedicado muito da sua vida a cuidar
dos outros, para além da sua dedicação à causa publica. Nós gostamos de pessoas
simples mas que acrescentem valor à defesa dos interesses dos cidadãos e em
particular dos residentes no distrito de Castelo Branco, por isso, esta
paulense é seguramente uma mais-valia para a nossa lista”.
(INFORPAULENSE) Um caminho que a
pode levar da cadeira de presidente da Junta de Freguesia do Paul a uma cadeira
da bancada da Coligação Portugal À Frente na Assembleia da República, como foi
este trajeto?
Vivendo
o dia-a-dia, estando na política de forma simples, com humildade, colaborando
na resolução dos problemas das pessoas, tendo sempre por base as palavras do
grande chefe do Escutismo Baden Powell “O melhor meio para alcançar a
felicidade é contribuir para a felicidade dos outros. Procurai deixar o mundo
um pouco melhor de que o encontrastes e quando vos chegar a vez de morrer,
podeis morrer felizes sentindo que ao menos não desperdiçastes o tempo e
fizestes todo o possível por praticar o bem”. O meu compromisso de vida é com
os meus concidadãos. Este princípio foi válido na qualidade de presidente da
junta, como poderá ser em outro qualquer cargo político.
Tem sido sempre a subir. Primeiro
a presidência da autarquia paulense, depois assume o terceiro lugar na lista
“Covilhã̃: um Concelho para todos” de Joaquim Matias que concorreu para a
Câmara Municipal da Covilhã nas últimas eleições autárquicas, agora a
candidatura a deputada. Quer revelar-nos o segredo desta ascensão na carreira
politica?
Não
tenho segredo algum, apenas e só trabalho! Com muita persistência, dedicação
pelo que se acredita e a satisfação de bem servir.
Com reagiu à sua escolha para nº
3 da Lista de Candidatos a Deputados da Coligação Portugal À Frente pelo
distrito de Castelo Branco?
É
uma honra pertencer a esta lista da Coligação Portugal À Frente do distrito de
Castelo Branco, pelo que significa reconhecimento mas também responsabilidade.
Este é mais um desafio que se me coloca e tudo farei para prestar um bom
serviço em prol das populações deste distrito. Esse é o elemento mais motivador
para mim.
A Lei da Paridade “obriga“ a que
pelo menos 1/3 de mulheres façam parte das listas concorrentes à Assembleia da
República, a sua escolha resulta do cumprimento desta Lei ou foi por mérito
próprio?
Sei
da existência dessa lei no entanto, aceitei o desafio como missão de serviço
para prestar aos cidadãos do meu Distrito.
A experiência política que
adquiriu na Junta de Freguesia do Paul, quando a presidiu durante dois
mandatos, foi decisiva para o voto de confiança da Coligação e consequentemente
o 3º lugar na lista?
Sim,
a experiência em qualquer atividade neste mundo é uma mais-valia e desta forma
encaro este desafio, e o desempenho das funções a que me candidato, como uma
dupla missão. Por um lado manterei o compromisso de total disponibilidade para ouvir,
para estar perto das pessoas. Como, aliás, sempre foi a minha forma de estar.
Por
outro lado serei a voz dos anseios, preocupações e aspirações dos cidadãos do
distrito na Assembleia da República.
A
ligação ao meu distrito e ao meu concelho serão a matriz essencial do
desempenho, com sucesso, das minhas funções, num trabalho conjunto e de
colaboração com a equipa que integro e que já deu provas da capacidade de
trabalho e de realização em prol das populações.
A
população do meu concelho conhece-me e sabe que tudo farei em prol do benefício
coletivo do mesmo, assim como do nosso distrito.
Qual é expetativa com que parte
para este novo passo na sua carreira politica?
Não
estou na política para me promover pessoalmente, mas sim para servir. É este o
meu lema.
O que marca a diferença na vossa
candidatura?
É
uma candidatura com pessoas de diferentes formações académicas, de diferentes
faixas etárias e pertencemos a diferentes territórios do Distrito, mas tendo em
comum que nascemos e fizemos o nosso percurso de vida no Distrito. Existe da
parte de todos um conhecimento do nosso território.
Conhecemos
os nossos problemas colectivos, mas somos igualmente portadores de propostas
concretas para o desenvolvimento do nosso território.
Seremos
a voz ativa em defesa dos interesses do Distrito, tendo como premissa o
potencial que existe em todos os beirões, acreditamos nas nossas
potencialidades humanas, naturais e empresariais.
Somos
um grupo de homens e mulheres que tem por finalidade defender os valores e as
causas das pessoas do distrito de Castelo Branco.
Se não conseguir ser eleita
deputada, esta experiência é mais uma afirmação pessoal ou politica?
Não
vejo nesta candidatura qualquer afirmação pessoal, o intuito ao aceitar a
mesma, tem como finalidade principal levar os problemas que afetam a qualidade
de vida dos cidadãos do nosso Distrito até ao local onde os mesmos possam ter
uma decisão positiva. Caso não seja eleita ficar-me-á a experiência e o
conhecimento de todo o Distrito para o futuro.
Tornou público a seguinte
afirmação, “mais um desafio se afigura, espero estar à altura para dar o meu
melhor pelo meu Distrito e acima de tudo pelo meu País”. Qual é o principal
desafio se for eleita?
Trabalhar
no combate das desigualdades, a exclusão social que se reflete nas mais
diversas dimensões - económicas, sociais, culturais ou de contexto ambiental,
pelo que é necessário uma estratégia para o seu combate, que envolva e articule
os mais diversos sectores.
Já identificou os principais
problemas do distrito de Castelo Branco? Quais são?
O
declínio demográfico no nosso distrito, vencer a interioridade, a questão da
oferta de trabalho para que se possam cativar pessoas a permanecer no distrito
é premente.
No dia 5 de Outubro/15 a sua vida
pode ter mudado de forma substancial e passar a ter o seu epicentro na capital
lisboeta, pretende manter uma ligação umbilical ao Paul?
Sempre,
a freguesia que me viu nascer poderá contar sempre comigo.
No caso de ser eleita, pretende
exercer um mandato de proximidade junto das pessoas e dos seus eleitores?
Sem
dúvida, até porque quando exerci as minhas funções de Presidente da Junta do
Paul, mostrei ser uma pessoa que gosta de ouvir e agir.